Uma casa no fim do mundo | Michael Cunningham

  • 5/29/2020 02:00:00 PM
  • By Pastel Escritor
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Uma casa no fim do mundo, de Michael Cunningham, foi o último livro enviado pela TAG Curadoria do ano de 2019. Demorei para lê-lo, pois no momento tinha outras prioridades, mas o livro me chamou a atenção de primeira - a capa era incrivelmente linda e a história parecia instigante. 
O aclamado romance de Michael Cunningham, indicado pela argentina Mariana Enriquez, conta a história de dois amigos: Jonathan, solitário, inseguro e introspectivo; e Bobby, sombrio e silencioso. Depois de uma adolescência na modorra e desolação de uma cidade do interior, a relação encontra em Nova York um novo espaço de crescimento com a cumplicidade de Clare. Jonathan, Bobby e Clare são os três vértices de um triângulo em desequilíbrio. Juntos, procurarão construir um novo tipo de família, testando os limites da amizade e do amor, enfrentando os riscos da desilusão e do abandono.  (Sinopse por TAG Curadoria) 

Quando finalmente o comecei, a história me fisgou - era envolvente, com acontecimentos marcantes e intimidadores. A infância de Bobby e Jonathan, os traumas e aventuras que eles viveram juntos me provocaram a prosseguir lendo, e a princípio eu não queria largar o livro de jeito nenhum, tamanha era a empolgação.

Infelizmente, não continuou sendo assim. No momento em que Jonathan vai para Nova York e Clare entra na história, não vi mais tanta graça assim. Para mim o livro começou a ficar desgastante, cansativo, e eu inclusive cheguei a duvidar que o terminaria. Os dois personagens me parecem um tanto superficiais e eu não tinha vontade de saber como suas histórias se desenrolavam. Nem mesmo quando Bobby também entrou nesse núcleo de Nova York, eu me senti estimulada a continuar. Foram necessárias várias páginas e acontecimentos para que eu voltasse a querer saber o fim.

Lá pelos últimos capítulos, depois de uma porção de acontecimentos, o livro volta a ficar realmente bom, tendo um final cativante, que pode inclusive arrancar algumas lágrimas. O livro soube trazer os assuntos como família não tradicional e a luta contra a AIDS de uma forma verossímil. A minha conclusão sobre é que o livro é bom, mas não uma obra prima como me foi apresentado.

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