Não é a primeira nem a última vez que venho aqui dizer como sou completamente apaixonada pelos universos que a Sarah J. Maas constrói para suas histórias. Depois de dois anos (imagine um sorriso que não cabe no rosto aqui) finalmente chegou o momento de finalizar essa série que conquistou meu coração de uma forma que ainda não é possível explicar. 

"UMA LUTA PELO TRONO

UMA GUERRA CONTRA A ESCURIDÃO"

Hoje quero falar sobre Trono de Vidro - Império de Tempestades, o quinto volume da série e que por segundo algum me deixou em paz desde que iniciei sua leitura. O livro foi lançado em 2016 e publicado pela Galera Record em 2 tomos, e somente em 2019 foi relançado como edição única (a que eu comprei). O livro tem 658 páginas e pesa 835g, gente é muito difícil ficar segurando ele pra ler.

Preciso confessar uma coisa aqui - terminei esse livro aos prantos - mas confiar em Aelin Coração de Fogo é a única forma de sair ilesa dessa leitura. Meu coração se desfez em pedacinhos e ainda não sei como vou juntar eles para continuar.

Nessa leituras acompanhamos uma aventura e tanto, os personagens que me conquistaram cada um a sua forma. Nos deparamos com novos problemas, inimigos prontos para atacar e quase nenhum tempo para juntar todas as peças do quebra cabeça e por fim derrotar o Rei Sombrio, Erwan. 

Nós temos aqui um livro de transição, tudo nele caminha para um fim que só podemos confirmar no penúltimo capítulo. Vemos aliados surgindo e se formando em meio a uma devastação, deuses sussurrando o que deve ser feito. 

O que fazer quando toda a sua história já foi travada mil anos antes de você sequer existir?

O livro é dividido em duas partes, onde tomadas de decisão definitivas estabelecem tudo o que vem a seguir e determinam o futuro de Terrasen e da corte da Herdeira do Fogo. São tantos personagens, tantas histórias cruzadas e uma Rainha que planeja tudo de forma que a sua segurança seja a sua última preocupação, desde que todos aqueles que ama estejam a salvo.

"- Por que destruir um símbolo pode destruir a determinação dos homens tanto quanto sangue derramado."

Com apenas 19 anos a futura rainha e herdeira do trono é subestimada por todos aqueles que de fato poderiam lhe ajudar, como é que dois reis sem coroa até então - Aelin e Dorian, com um poder de controlar as pedras - poderiam por fim reconquistar aquilo que lhes foi retirado?

"- Não espera, em sã consciência, que permitamos que uma assassina de 19 anos entre em nosso reino e comece a latir ordens, independentemente da linhagem."

Mano Bico Negro, a Lider Alada das Dentes de Ferro, foi uma das personagens que mais me encantou ao longo desse livro, sua evolução foi algo tão bem construído que é muito difícil não gostar da bruxinha, ela passa por provações e desafios que a fizeram questionar o que ainda fazia sentido, mas com seu companheiro Abraxos, ela poderia conquistar o mundo.

"Bruxas não vestiam luto, porque bruxas não amavam o suficiente para permitir que a perda as arrasasse."

Quando Aelin e Manon ocupam o mesmo espaço é como se o mundo inteiro pudesse ser enviado para o inferno, o fogo e a escuridão tomando conta de tudo aquilo que deve ser feito. Dorian junto com Rowan aprende mais sobre os seus poderes e como usa-los para que além de sobreviver, possa ter um papel nessa guerra. Dentre os outros, a personagem que mais se desenvolveu aos meus olhos, e também me fez sofrer um tiquinho foi a metamorfa Lysandra, que a cada capítulo se apresentava como uma verdadeira amiga, guerreira e aliada. 

"Não se distraia pelas pequenas derrotas. Isso é guerra. Cidades serão perdidas, pessoas massacradas."

Aqui foi possível reviver diversas histórias que soltas poderiam ter passado despercebidas mas que ao se unirem fazem todo o sentido com a história da assassina treinada por Arobyn, aquela que tirara e poupara vidas, para que um dia - assim que precisasse- as coisas talvez estivessem em seu lugar. 

"- O medo é uma sentença de morte."

Uma jornada cheia de tempestades, fogo, escuridão, encontros e desencontros até que uma aliança se formasse, por meio de traições e conflitos, carregados desde antes da rainha, onde seus guerreiros e parceiros já vinham lutando e conhecendo havia muitos anos, como ela poderia colocar fim a tudo isso? 

Eu sofri em cada maldita página, me identifiquei e quis lutar, fiquei sem ar e sem saber o que estava acontecendo até que tudo ficasse claro. O então Elena queria dizer? Revi antigos amigos, e me lembrei de quanto sofri por eles, e de quanto se sacrificarampara que então os Walg, as criaturas, o Rei Sombrio e Maeve pudessem talvez serem derrotados, e Terassem reconquistada, as Bruxas libertadas e os reinos em fim ficassem em paz. Senti um pouco de falta do Capitão mas sei que agora tenho um livro inteirinho sobre ele pela frente. 

Se tiver chego até aqui, aposto que ama essa história tanto quanto eu. Espero que tenham gostado e que se identifiquem. Como não amar a Rainha Vadia Cuspidora de Fogo?