Quem é você, Alasca? | Hulu Series

  • 1/31/2020 10:57:00 AM
  • By Pastel Escritor
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Durante essa semana eu terminei de assistir a adaptação de Quem é você, Alasca? para a TV e confesso que a série não me desapontou em nenhum momento. Na época em que li o livro, a história mexeu demais comigo e desde então eu pensava em como poderiam adaptar de uma forma que fosse tão marcante quando. 

A série foi produzida pela Hulu e lançada em outubro de 2019, não houve ampla divulgação e a série também não foi dublada, mas eu sinceramente acredito que se ela estivesse disponível em outros meios passaria uma mensagem que não é muito comum encontrarmos por ai, entretanto, não sei como ela seria recebida nas grandes telonas. 

"Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante."


Resumo: Looking for Alaska é uma minissérie de televisão de drama adolescente criada por Josh Schwartz e Stephanie Savage baseada no livro de 2005 do mesmo nome, escrito pelo John Green (seu primeiro romance). 

“Mas que diabos significa ‘instantâneo’? Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um instante de dor intensa pareça instantâneo.” 


Alasca é uma personagem fascinante... inteligente, confiante, misteriosa e cheia de complicações, como a maioria dos adolescentes dos livros que conhecemos. A série assim como o livro é dividia entre "antes e depois", se você já conhece a história chega a ser uma tortura esperar pra ver como tudo vai acontecer. A história já se inicia com um acidente de carro deixando uma pergunta e uma contagem de dias, o que vem a seguir?


 Uma das frases que mais me marcou durante a leitura e a série também, foi a questão "Como sair desse labirinto de sofrimento?", que nos faz pensar em todas as coisas que fazemos, a razão de fazermos e onde pretendemos ir, será que existe a possibilidade de fugir daquilo que nos aprisiona ou até mesmo da certeza da morte?


Milles (que é um grande apaixonado por últimas palavras de personalidades da história), Takumi e Chip são personagens essenciais para todo o desenvolvimento da história, que se passa quase totalmente dentro da escola onde eles convivem, planejam trotes, desvendam mistérios, desconfiam, se apaixonam e vivem da melhor maneira que conseguem.

“O que significa ser uma pessoa? Como passamos a existir e o que será de nós quando deixarmos de existir?”

A adaptação é fiel ao livro, é possível assisti-la com o livro nas mãos e conseguir pegar as frases que nos marcaram tanto, passando todo aquele sentimentalismo, drama, paixões e corações partidos. Uma das melhores partes de uma adaptação para mim, é conseguir observar outros pontos de vista, a história original é narrada somente pelo Milles, o que pode nos deixar um pouquinho cegos em relação ao que é  realmente verdadeiro ou não, nessa série podemos ver os olhares dos amigos de Alaska, até mesmo do Águia e do Professor de Religião e Filosofia. 

Saber mais de uma versão da história é essencial para que possamos começar a conhecer uma pessoa como ela é, Alasca era muitas coisas, apaixonante, rebelde, uma boa amiga, uma garota com o coração partido desde cedo, uma personagem real, cheia de medos, incertezas e alguém que comete erros... O que Milles demorou certo tempo para aprender, a amizade entre ele e Chip chegou ao nível de discussões e vários questionamentos sobre o que era possível ou não a partir dessa visão.

A trilha sonora da série é bem marcante e conversa demais com a série, inclusive tem uma playlist disponível no Spotfy que passa uma calmaria sem tamanho e faz lembrar toda a narrativa da série, se puderem escutem, pois é linda demais! 

“Se ao menos conseguíssemos enxergar as infinitas cadeia de consequências que resulta das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil.”

A série entrega uma obra linda, potencializa a história do livro sem decepcionar, ela emociona e faz rir, entrega personagens reais, histórias que se cruzam e mudam a vida de quem a conhece pela primeira vez. Eu não sei se esse post é um desabafo ou somente uma forma de tentar te convencer a ver a série, mas confesso que esses personagens me cativaram e me fizeram ver o mundo de outra forma, tomara que tenha um efeito parecido com vocês... se não tiver, pelo menos espero que te faça dar boas risadas!



Não existe uma saída do labirinto, essa é a graça, nos caminhamos sem saber muito bem para onde estamos indo, e então torcemos para que no fim das contas isso tudo faça sentido, mas a grande questão é aproveitar o que temos no caminho, para e respirar, então seguir em direção ao desconhecido.

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