Rainha do Ar e da Escuridão | Cassandra Clare

  • 7/16/2020 04:18:00 PM
  • By Pastel Escritor
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Eu não sou muito boa com finais e despedidas, e ler Rainha do Ar e da Escuridão - que faz parte da trilogia Os Artifícios das Trevas - foi um tormento do começo ao fim. Foram preciso muita semanas para que eu conseguisse sair dos primeiros capítulos e finalmente seguir em frente. 

Antes de mais nada, essa resenha com certeza vai ter spoiler dos livros anteriores da trilogia para que eu consiga falar melhor sobre ela. Uma das partes mais complicadas foi todo o sentimento logo no início da história, o amor proibido pela maldição Parabatai entre Emma e Julles, o luto por Livvy, o controle da Tropa e a vontade permanente deles de afastar o mundo dos caçadores de sombras de uma vez por todas dos seres do submundo. 

O mundo pode mudar tão depressa - observou Jia. - Um dia o futuro parece promissor e, no dia seguinte, nuvens de ódio e intolerância se acumulam como se fossem sopradas de um mar ainda não imaginado.

Nós reencontramos a história de onde ela parou e observamos as consequências de tudo o que aconteceu no grande salão, Emma por ter quebrado a Espada Mortal - que impede um Caçador de Sombras de mentir - e Julian por ter levado Anabelle até Idris são questionados e precisam ficar na cidade até que as coisas possam ser enfim resolvidas. Os outros irmãos precisam confrontar a morte de Livvy e o seu gêmeo, Ty que parece estar lidando bem com o luto é quem está pensando em uma forma de resolver as coisas nada convencional, deixando Kit muito preocupado.

Diana sabia a resposta pra isso: Nós não temos medo dos mundanos. É o Submundo que tememos e nós queremos controlar o que tememos.

O livro se divide em 3 grandes partes onde grandes acontecimentos marcam a narrativa que me deixou apreensiva do começo ao fim. Uma coisa que me deixou muito satisfeita com esse livro foi o desenvolvimento dos personagens, o que a Cassandra faz muito bem, sem se perder ou deixar pontas soltas.

Quando você não tem mais empatia, se torna um monstro.

Um dos pontos fortes nesse livro foi todo o desenvolvimento de Kieran, Mark e Cristina e a forma como os três passaram a se entender, fazendo com que as fadas pudessem se vista de outra forma, não por aqueles que já simpatizavam com elas, mas também com outros que até então não confiariam nelas  de jeito nenhum. A amizade entre Emma e Cristina é uma das mais bonitas que já pude presenciar e servem para deixar o coração quentinho.

- Eu amo vocês dois e não poderia dizer que amo um mais que ao outro. Mas tenho medo. A perda de vocês dois me mataria, e me parece que corro o risco de partir meu coração não uma, mas duas vezes.

É possível conhecer ainda mais o universo dos Caçadores de Sombras nesse livro pois ele se expande e mais segredos são revelados, como a maldição entre os Parabatai, a forma como a Clave mantém segredos e os verdadeiros Nephilim a forma como toda essa mitologia e funciona.

Nós revemos velhos amigos, é incrível ter Jace, Clary, Simon, Izzie, Magnus e Alec em ação, todo o seu desenvolvimento e evolução nesses anos após serem considerados heróis quando a guerra contra Valentin e Sebastian terminou.


Termino essa série não com uma grande despedida, pois com esse final é quase certo que uma nova série virá por ai, só posso aguardar para ver como os meus personagens ainda vão sofrer, mas ser um Caçador de Sombras é isso, nunca saber o que está por vir, mas sempre se preparar para o pior.

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