No dia 21 de julho Ernest Hemingway completaria 120 anos. Esse ano passei a me interessar mais pelo autor e a pesquisar e a adicionar todos os livros no carrinho - não custa nada tentar - até que me deparei com uma edição linda de O Velho e o Mar em Graphic Novel. Assim que ele baixou de preço fui correndo comprar e preciso dizer que foi uma ótima primeira experiência com uma história do autor.  

Nessa história temos o velho Santiago que sai em sua maior aventura no mar, e o menino que acompanhava a sua jornada contanto tudo o que aconteceu por lá, trazendo assim uma forma de expressar as pedras que estão no caminho da vida de maneira fascinante, ainda quero ler o texto integral para mergulhar nos detalhes, mas preciso dizer que as ilustrações foram simplesmente incríveis para despertar sensações como a tristeza, o desespero e o amparo. 

Santiago se depara com o maior peixe que já viu em toda a sua vida, e trava uma luta externa e interna com o peixe e o mar, entre ir para a sua casa, entre deixar tudo como está, entre carregar o peixe e leva-lo a todo custo, mesmo que esse seja a sua vida. 

Com uma caminhada fácil, em alguns momentos com uma pausa para respirar, pensar nas atitudes do personagem, a sua relação com toda a situação na qual ele se encontra, e se toda aquela caminhada e sofrimento valem a pena. Esse livro que foi publicado em 1952, a última obra do autor após uma longa pausa na escrita foi marcante e com toda certeza entrou para a minha lista de releituras.  

Nós temos uma grande metáfora sobre como a vida nos é colocada, a forma como nos agarramos aos nossos objetivos mesmo que eles no fim não façam mais sentido, como todo o caminho, com as suas derrotas e as suas vitórias nos ensinam e as vezes, mostram o caminho.