Anne de Green Gables | Lucy Maud Montigomery

  • 10/03/2020 11:54:00 AM
  • By Pastel Escritor
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 No último mês li Anne de Green Gables, um clássico escrito por Lucy Maud Montgomery e que só fui conhecer recentemente, apesar de ter visto a série no ano passado (2019). Além de ser uma série de livros enorme que já estou muito curiosa para dar continuidade. 

Anne é uma menininha que foi adotada sem querer por uma família (de dois irmãos) que tinham a intenção de adotar um menininho para ajudar nas tarefas de casa e fazer companhia para o casal. Por ironia do destino o Sr. Mathew Coutbert quando busca a garota na na ferroviária se encanta por ela e tenta do seu jeitinho tímido convencer a irmã, Marilla a ficar com a pequena Anne.

Mathew e Marilla vivem em Green Gables, na Ilha do Principe Eduardo no Canadá.

Preciso dizer que foi quase inevitável não me deixar pensar em como a série foi muito superior a ao livro em alguns aspectos, mas não deixei de levar em conta o contexto histórico em que ambas histórias foram pensadas. E a forma como são representadas é totalmente condizente. A série da Netflix tem 3 temporadas que foram inspiradas somente no primeiro livro e digo que chorei lendo e assistindo pois olha sinceramente... Eu não estava preparada para ler aquele final.

Uma coisa - que não deveria - mas me deixou um pouco incomodada com a nossa pequena protagonista é que ela tem ideais muito positivos do mundo, e uma alegria que contagia, mas não é algo que estou acostumada a ver nas minhas leituras em geral.

Fiz o melhor que pude, e agora começo a entender o significado da expressão "alegria do conflito". Tentar e conseguir é tão bom quanto tentar e fracassar.

A narrativa foi super leve e é um livro fácil de acompanhar, aqui somos apresentados a Green Gables e a todos os personagens que vão fazer parte da vida da nossa jovem ruiva desde os seus 11 anos de idade aos 17. É uma história sobre lealdade, companheirismo, amizade - pontos para a Diana que é uma das minhas paixões - e aprendizado. É difícil não se apaixonar pela Anne.

Esta é a pior parte de crescer, estou começando a me dar conta disso. As coisas que você queria muito quando criança não parecem tão maravilhosas assim quando você as conquista. 

 A personalidade da Anne é incrível - e um pouquinho cansativa as vezes - algumas das falas dela chegam a ter três laudas e eu só ficava pensando em como que ela conseguia falar tanto de uma só vez! Fiquei bem triste que ao longo da narrativa ela foi perdendo essa sensibilidade e relação com as palavras. 

Alguma coisa surge em sua mente, entusiasmante demais, e você tem que externar aquilo. Se você parar para refletir, estraga tudo. 

Nós acompanhamos todo o desenvolvimento da Anne, temos o ponto de vista de alguns outros personagens que vem para enriquecer a história. A relação dela com o Mathew e a Marilla  é de deixar o coração quentinho e nos diz da forma mais simples e sincera que a família é aquela que nos escolhe e nos acolhe quando em nossos momentos de alegria e angustia. 

Anne é inteligente, perspicaz e muito carismática. Foi uma honra conhecer o início da sua história e mal posso esperar para ver o que ela ainda vai aprontar nas sequências!

Ps. Quando a Anne quebra o quadro na cabeça do Gibert eu dei tanta risada que nem sei.

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