A Velocidade da Luz | Javier Cercas

  • 9/28/2019 11:44:00 PM
  • By Pastel Escritor
  • 1 Comments


Olá Pastelinos, tudo bem por ai?



O livro sobre o qual vamos falar hoje é: A Velocidade da Luz do Javier Cercas e enviado pela Tag- Experiências literárias no mês de Janeiro. O autor é espanhol, escritor e tradutor e já ganhou um prêmios de narrativa e ainda está vivo, eu com toda certeza adoraria conhecê-lo pois esse livro me deixou tão intrigada que estou só a Hazel pensando que tenho várias perguntas que simplesmente precisam ser respondidas.

Eu tinha separado esse livro para uma meta de leitura nas férias por indicação de um amigo, e definitivamente foi uma ótima escolha, acabei devorando ele em 3 dias e depois fiquei sem chão pensando em mil teorias do que poderia ter realmente acontecido e até que ponto eu estava lendo uma história que tinha um começo, meio e fim.  





Sinopse: O enredo de A velocidade da luz, grosso modo, é a relação entre um escritor espanhol e um veterano norte-americano da guerra do Vietnã, Rodney Falk, que ele conheceu na Universidade de Urbana, uma cidadezinha próxima a Chicago. Com base em suas lembranças de Falk e nas cartas que este mandava do front ao pai, o escritor/narrador pretende entender os enigmas do amigo americano e produzir um livro a respeito.

"Quem não está ocupado em viver, está ocupado em morrer."

O livro tem umas citações muito boas e a cada página que eu passava era um soco diferente, recomendo. Em alguns momentos eu lia certas coisas e ficava: meu deus.. vou tomar um café aqui para me recuperar.



"O que quero dizer é que quem sempre sabe onde vai nunca chega a lugar nenhum, e que a gente só sabe o que quer dizer quando isso já foi dito."

São 259 páginas onde o autor consegue narrar uma história cheia referências, de controvérsias, de  formas de pensar, nos trazendo a guerra e relações interpessoais de um jeito de me atingiu e começou a fazer sentido e significado como poucos livros conseguiram até hoje. 
   
"Mas falar muito sobre si mesmo é o melhor jeito de se esconder."

Eu consegui sentir raiva e empatia pelo personagem de um jeito que não havia acontecido antes, pois através das descrições é possível acompanhar toda a sua trajetória e tudo aquilo que ele passou para chegar onde chegou, de forma que alguns de seus erros parecem ínfimos perto de todo o resto.

O personagem principal/narrador (o qual não nos é dito o nome) e Rodney - apresentado como alguém reservado e excêntrico - o homem sobre o qual a história do livro se trata possuem uma relação tão humana e tão simbólica, que é possível sentir junto aos personagens suas angustias e anseios. 



Eles se conhecem ao acaso quando o nosso narrador em sua juventude se muda para lecionar espanhol na Universidade de Urbana, e a partir de então a história começa a ser construída.

"- Eu não disse isso, o que você deve ou não fazer é problema seu. Não existe escritor que não tenha começado escrevendo um lixo como este, ou pior, porque, para ser um escritor decente, nem é preciso ter talento: basta um esforço. Além do mais, o talento não é uma coisa que se tem, é uma coisa que se conquista."

O narrador tem um propósito: escrever sobre a figura de Rodney sobre o qual ele vai fazendo diversas descobertas que o auxiliam na escrita de seu romance, mesclando com acontecimentos de sua vida que no final das contas acaba formando uma história dentro de outra de maneira tão sútil que quando a história termina você sente que precisa sentar com o narrador e dizer: querido? PRECISO DE RESPOSTAS. 

Sem contar que, as edições da Tág são a coisa mais linda desse mundo e eu claramente fiquei apaixonada por essa. Eu tenho um autor espanhol favorito: Carlos Ruiz Zafón, e depois dessa leitura o Javier entrou para a minha listinha e confesso que já tenho interesse em ler as histórias em espanhol mesmo. Importados, por que tão caros?

Espero que tenham gostado, quem ai já leu ou conhece algum livro do autor?

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1 comentários

  1. Eu ainda vou assinar a tag para ter esses livros lindos comigo hahaha.
    Sobre esse livro em específico, eu achei a frase de "abertura" da premissa muito forte. Meu Deus, parece ser tão profundo *o*

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